Apesar de os grandes problemas sociais estarem sendo discutidos no mundo atual, e que graças à internet e suas tecnologias agregadas, e de todas as grandes diferenças nas relações humanas estarem sendo discutidas, e dos avanços relacionados à igualdade de gênero, as mulheres estão cada vez mais presentes na área da tecnologia e, sobretudo, mesmo que timidamente, têm sido reconhecidas por seus trabalhos. É surpreendente como sempre houve a participação intensa das mulheres no mercado de trabalho, mas é possível encontrar, mais claramente, constatada em literatura específica, principalmente em biografias.
Nascia a 17 de agosto de 1936, portanto com 79 anos, Margaret Heafield Hamilton, uma mulher que hoje é uma cientista da computação, engenheira de software e empresária, CEO da Hamilton Technologies, Inc. Dedicou-se à área de computação numa época que não se havia ainda cursos sobre a área de computação e desenvolvimento de sistemas, muito menos oportunidades para mulheres.
CEO é a sigla inglesa de Chief Executive Officer, que significa Diretor Executivo em Português. CEO é a pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. É o responsável pelas estratégias e pela visão da empresa. Não são todas as empresas que possuem uma pessoa no cargo de CEO.
Sem dúvida nenhuma que tendo sido oriunda do MIT, e tendo adquirido uma vastíssima experiência em grandes organizações como o próprio MIT e a Força Aérea Americana, com os mais célebres personagens daquela época, foi acabar se encontrando no melhor momento, no lugar certo. Não uma coincidência, mas trabalho contínuo e persistente.
No dia 20 de julho de 1969, a primeira alunagem estava sendo transmitida para o mundo todo, e os alarmes do módulo de pouso da Apolo 11 tocaram freneticamente, deixando em polvorosa todos dentro da nave além dos que acompanhavam da NASA o evento. Mas Margaret mantinha-se tranquila, provocando a surpresa de todos. Margaret tranquilizou a todos por que, como desenvolvedora e criadora do método adotado para desenvolver o programa que auxiliava a alunagem, ela tinha certeza de que havia um pequeno problema, mas que não comprometeria o pouso, muito menos a segurança dos astronautas.
Depois de tudo, após análise do processo desde o início, foi constatado que tinha sido dado um comando errado por um dos astronautas, por isso os alarmes. Um dos interruptores responsáveis pelo detector de aproximação ficou posicionado erradamente. O processo de pouso além da carga do procedimento foi alimentado por mais cargas de processo em função do erro, o que provocou o aviso (alarmes), mas Margaret dotou o programa de uma inteligência de racionalidade em que decidiu por dar prioridade aos processos mais críticos, no caso o pouso. Como isso funcionava? Com um adendo de programas de recuperação com análise dos conjunto de processos, onde o sistema se decidia por ignorar processos de baixa prioridade e dar celeridade aos de alta, sem isso o pouso teria sido um desastre.
O resumo desse caso nos trás a lição do estudo da antecipação dos fatos, numa grade de check-lists de desenvolvimento de programa, que foi o que aconteceu com o desenvolvimento do programa responsável pelo pouso. Houve uma previsão de ocorrências contempladas no código. A percepção de uma mulher diante de fatores críticos e da seleção racional pura de privilégios de processos. Fantástico, simplesmente fantástico. Atrevemo-nos a dizer que havia grande possibilidade de um homem não ter tido essa percepção tão complexa. Claro não estamos com isso querendo fazer diferença entre os gêneros, mas a emoção que nos desperta o fato nos leva a esse, vamos dizer, “erro”. ALARME!! kkkkkk.
Esse feito tem uma importância muito maior do que o fato em si. É que Margaret na verdade criou métodos de desenvolvimento inimagináveis, cunhando pela primeira vez as palavras “Engenharia de Software”.
Na verdade aquele “pequeno passo para um homem” foi graças a um grande cérebro feminino.